quinta-feira, maio 03, 2012

criadas-de-servir

Ouço imensas queixas por aí de que em Portugal se perdeu a tradição da «criadas-de-servir».

O problema, na realidade, sobreveio com o «25 de Abril», com as «lavagens cerebrais» de Sindicatos e quejandos, provocando nas cabecinhas das moçoilas uma enorme confusão, ao ponto de imaginarem que poderiam sobreviver instaladas no sofá da sala a ver telenovelas brasileiras enquanto a «patroa» esfregava de joelhos os azulejos da casa-de-banho ou arrancava a «palha-d'aço» o negro do cu das panelas.

... e no fim do mês era só receber o guito e descontar p'rá «Previdência»!...

Ninguém queria ser o que era! queriam ser «técnicas responsáveis de preparação de géneros alimentícios» ou/e «administradoras do departamento de higiene e saúde familiar», como se fosse vergonha trabalhar honradamente por um salário digno - tenha ele a designação que tiver! 

Toda a gente se zangou, houve berraria e porradaria e, afinal de contas, perderam-se com isso óptimas «criadas» e perderam-se óptimas «patroas». 

Perdeu-se de um lado e perdeu-se do outro.

Hoje as «criadas» andam por aí no desemprego, desgraçadas para comprar leite aos filhos, esticando debalde  o miserável «subsídio» da «Previdência» que a nada chega, caminhando sem poder para o ineficaz Serviço de Emprego,  ou rastejando de má-vontade e humilhadas por esse cursos e cursinhos, ditos «profissionais», que não levam a lado nenhum nem ensinam porra nenhuma; apenas alimentam, gordamente, essa cambada de «boys» e «girls» que vive por aí à pala dos «padrinhos» alapados nos partidos políticos.

O país necessita de ganhar juízo. 

As «patroas» andam aí, como sempre andaram, e as «criadas-de-servir» andam aí como sempre andaram. O que é necessário é que aqueles que têm responsabilidades em Portugal expliquem claramente quais as funções de umas e outras:

- umas têm de trabalhar e as outras têm de pagar esse trabalho com um ordenado.

Quando isso acontecer, vai haver imensa gente a «fazer as pazes» e a pedir perdão a Deus pelos excessos cometidos; vamos ter «criadas-de-servir» e vamos ter «patroas», ambas cumprindo tranquilamente os seus papeis e satisfeitas por isso mesmo, porque as partes se necessitam e completam.


Elas andam aí... desejosas de retornar aos seus antigos empregos...!







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