Quando se namora e o gajo faz de tudo para «modificar» a namorada, o mais certo é, passado algum tempo, ele enjoar as «modificações» e terminar a relação.
Por outro lado, quem se dispõe a «mudar» por alguém que, meteoricamente ou não, passa pela sua vida, deixa muito a desejar em termos de personalidade.
No pressuposto de que acontecem «mudanças» a cada namorado que surge, é legítimo concluir que, depois de meia dúzia de relações, a miúda deixa de ser miúda para se assemelhar muito mais a um camaleão.
Noutro dia uma amiga confessou-me que começou a namorar com um rapaz e que, pouco depois, alegadamente por ciúmes, ele apagou-lhe os contactos telefónicos de todos os seus amigos.
A minha amiga permitiu tão tenebrosa invasão de privacidade, desculpando-a com o «amor»: ele ama-me e tem ciúmes dos meus amigos.
Dois meses depois o gajo abandonou-a sem qualquer explicação, o que me leva sempre a interrogar os meus botões: e os ciúmes? deixaram então de existir, assim tão depressa como o suposto amor existente?!...
Sempre que penso em episódios destes, tão mesquinhos e ridículos, sinto-me bem comigo próprio pois nunca desejei «modificar» namorada alguma: em vez de lhes «exigir» mudanças eu prefiro completá-las e espero que me completem.
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